Boletim epidemiológico do MS sobre influenza

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clique aqui para acessar o documento: boletim-epidemiologico-influenza-se09-2016-v2

No mais recente boletim epidemiológico sobre influenza publicado pelo Ministério da Saúde evidencia-se a preocupação crescente com a introdução precoce da doença este ano, pelo fato de predominar a cepa H1N1 e pela elevada taxa de letalidade.

Como este boletim me chegou às mãos pelo PromedMail, aproveito para transcrever o comentário do seu moderador, Dr. Rodrigo Angerami:

Os dados apresentados no Informe Epidemiológico ratificam o que vem
sendo reportado no ProMED-PORT: a ocorrência de um grande número de
casos graves e óbitos relacionados ao vírus influenza A(H1N1)pdm09
no estado de São Paulo (onde, até o momento, em 2016, ocorreu 77,2%
dos óbitos associados ao vírus no país). Uma das possíveis
explicações, mas, talvez, não a única, sejam diferenças entre as
capacidades dos sistemas de vigilâncias de cada estado em detectar,
notificar e investigar casos, sobretudo óbitos. Mas, certamente, uma
análise mais cuidadosa dos dados (incluindo-se em relação à
caracterização dos vírus circulantes) deve ser realizada a fim de
compreender os eventuais determinantes da maior ocorrência de casos
graves no estado de São Paulo.

Segundo os dados do Informe, muito embora o vírus influenza B esteja
sendo o mais frequente entre os casos de síndrome gripal (46% x 41,6%
influenza H1N1), em relação à SRAG e óbitos por SRAG, de longe, o
vírus A(H1N1)pdm09, em 2016, vem respondendo pela grande maioria dos
casos, respectivamente, 83,6% (x 9,4% por influenza B) e 81,8% (x
13,6% por influenza B).

Apesar de a maioria dos óbitos por influenza (72,7%) apresentar pelo
menos algum fator de risco para complicações, a mediana da idade foi
de 49 anos; ou seja, em relação ao que se tem até o momento, quanto
à faixa etária, potencialmente, haverá um grande contingente de
indivíduos que vêm se mostrando vulneráveis a formas graves mas
que, em não apresentando comorbidades, não será contemplado nas
ações de vacinação em âmbito do Programa Nacional de
Imunizações.

Em relação ao tratamento, cerca de um terço dos casos não recebeu
tratamento com antiviral e dentre aqueles que foram tratados, o
início do tratamento se mostrou tardio. Suspeita e/ou prescrição
e/ou acesso ao antiviral tardio(s)?

O início da vacinação anual está prevista para 30/abril/2016. Até
lá, além do monitoramento dos vírus/casos/óbitos, são
imprescindíveis orientações gerais à população acerca de
prevenção (lavagem de mãos, afastamento sintomáticos
respiratórios…), critérios e orientações sobre o tratamento
antiviral (sobretudo em relação à necessidade da precocidade do
início da terapia) e divulgação da importância da vacinação que
virá a ocorrer.

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