G1 – Ribeirão Preto confirma morte de macaco por febre amarela no Centro – notícias em Ribeirão e Franca

Sagui morreu em julho na Praça Luís de Camões, segundo a Prefeitura.Risco de epidemia é baixo, mas vacinação é necessária, diz infectologista.

Fonte: G1 – Ribeirão Preto confirma morte de macaco por febre amarela no Centro – notícias em Ribeirão e Franca

Só para reforçar a importância do episódio: Apesar de se tratar de um caso em PNH (primata não humano), no caso um sagui, ele foi encontrado morto em uma área urbana, sugerindo que tanto pode ter se infectado lá, portanto com transmissão urbana de febre amarela, quanto pode ter se infectado em alguma mata próxima e levado o vírus para a área urbana, expondo os Aedes de lá a se infectar e posteriormente retransmitir o vírus para a população. Simples assim!!!

Não para por ai. Posts recentes relatam casos de PNH em áreas silvestre de São José do Rio Preto e Catanduva, não muito distante de Ribeirão Preto.

Termino o post transcrevendo o comentário do Dr. Rodrigo Angerami, editor da edição brasileira do Pro-Med mail, de onde essa notícia foi compartilhada…

Apesar de serem regiões com circulação/transmissão já conhecidas
no passado, distante e recente, as evidências esse ano vêm apontando para uma circulação, possivelmente, mais intensa e, eventualmente, com distribuição mais ampla. O ProMED-PORT vem reportando e alertando, em sucessivos posts (ver abaixo), sobre as implicações dessa maior circulação do vírus e a grande proximidade com áreas urbanas. Veja comentário anterior no post [ PRO/PORT> Febre amarela –
Brasil (10) (SP), primata não-humano, epizootia, suspeita Archive
Number: http://promedmail.org/post/20161015.4562637,
<http://www.promedmail.org/post/4562637> – Mod. RNA].

Difícil apontar, no entanto, quais os determinantes que estariam
levando a essa possível maior circulação do vírus. Vale resgatar
um comentário do saudoso moderador do ProMED-PORT o Professor Luis Jacintho (Mod. ljs) no post [PRO/POR> Febre amarela silvestre, atualização – Brasil (13) Archive Number:
http://promedmail.org/post/20090510.1740,
<http://www.promedmail.org/post/1029610> : “Já comentei antes, vou repetir: a febre amarela não “avança”, ele sempre esteve no sul,
apenas, por motivos não ainda bem conhecidos, sua transmissão se
intensifica de tempos em tempos – ljs”].

Dois pontos, um positivo e o outro negativo, devem ser ressaltados:
– a vigilância de epizootias aparentemente está sensível e
estruturada no estado de São Paulo, possibilitando detecção precoce
da circulação do vírus da febre amarela, mas…
– a morosidade para se obter (ou divulgar) o resultado confirmatório, no caso quase 3 meses após a suspeita de febre amarela no primata não-humano, pode inviabilizar a adoção de medidas necessárias em tempo oportuno.

As ações de imunização dos susceptíveis deverão ser (na
realidade, já deveriam ou poderiam ter sido) intensificadas. Nesse
cenário, deve ser lembrado não apenas a necessidade para
sensibilização do sistema de vigilância (suspeição,
notificação, investigação…) de casos suspeitos de febre amarela,
mas também para (a possível) ocorrência de casos de eventos
adversos pós-vacinais graves (sobretudo doença neurotrópica e
viscerotrópica) dentre (as prováveis) inúmeras pessoas
(incluindo-se aqueles que apresentam contraindicação para vacina)
que irão procurar (necessária ou desnecessariamente) pela
vacinação.

Vamos acompanhando…

– Mod. RNA

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