Promotor de Justiça da Saúde afirma que a cidade está no ‘topo da desgraça’.Para Mário Coimbra, gestão pública é responsável pela situação.
vigilância epidemiológica
WHO | Zika situation report
Atualização epidemiológica da infecção pelo vírus Zika, da OPAS/OMS
Fonte: WHO | Zika situation report
G1 – Dracena divulga o primeiro caso oficial de zika vírus no município

Doença foi diagnosticada em um homem de 36 anos que tem leucemia.Informações são da Secretaria Municipal de Saúde.
Presidente Prudente já passa de 3.200 casos de dengue neste ano

A contagem só faz aumentar, assim como o número de suspeita de óbito. E ainda falta março, abril e maio…
Jornal Nacional (via PromedMail) – Sífilis na gestação sobe de quase 8 mil para mais de 28 mil casos
No Brasil, já são mais de 900 mil casos por ano. Neurologista diz que doença na gestação pode provocar microcefalia.
Fonte: Jornal Nacional – Sífilis na gestação sobe de quase 8 mil para mais de 28 mil casos
Já postamos neste blog algumas vezes sobre esse assunto. Aproveito para compartilhar o comentário do editor do PromedMail, Dr. Rodrigo Bauru Angerami:
Preocupante, sim. Embora nada de novo…
Possivelmente uma associação de diversos fatores, dentre os quais se
incluiriam a falta de políticas/ações de prevenção mais efetivas,
falhas na detecção e/ou tratamento precoces do binômio
caso/parceiro(a), falha no diagnóstico e/ou tratamento de gestantes
durante o pré-natal e, não se pode descartar, a indisponibilidade,
por um longo período, da penicilina nas apresentações benzatina e
cristalina.Enquanto poder público e mídia, diariamente, atualizam os números
(muito dos quais, possivelmente superestimados) de microcefalia ainda
não confirmados como associados ao vírus Zika, nos últimos anos
(ver abaixo) o número de casos confirmados (e certamente subestimado)
de sífilis congênita não parecem causar (em grau minimamente
comparável ao que se observa em relação ao Zika) preocupação à
população, incômodo profissionais de saúde e vergonha às três
esferas do poder público.Milhões vêm sendo empregados para o desenvolvimento/aquisição de
testes moleculares para detecção do Zika. Centenas de reais vêm
sendo cobrados em laboratórios privados para o diagnóstico da
infecção pelo vírus “debutante”. Enquanto isso, os bons, antigos,
baratos e acessíveis testes para diagnóstico da “anciã” sífilis
estão amplamente distribuídos mas parecem não estar sendo
utilizados como deveriam: para a triagem ampliada, diagnóstico ágil
e acessível de casos suspeitos, investigação de parceiros.Pior. Outros muitos mais milhões de reais vêm sendo anunciados para
o desenvolvimento de vacinas candidatas e soro anti-Zika (!) para
tratamento de gestantes (!). Enquanto isso, além da falta de
abastecimento de uma lista composta por vários imunobiológicos
(incluindo-se vacinas contra hepatite B para recém-nascidos e soro
anti contra o letal vírus rábico), há uma escassez da quase
“octogenária” (e extremamente barata!) penicilina.O controle e eliminação de doenças negligenciadas (dentre as quais
a sífilis congênita) que já se mostravam objetivos pouco tangíveis
frente aos problemas, desigualdades e paradoxos já existentes (e bem
conhecidos), agora, ficam ainda menos exequíveis (e mais
negligenciados) com a emergência do Zika e companhia, que além de
receberem quase todas as atenções e causarem (o previsível) temor
frente ao desconhecido, canalizam enormes esforços e vultosos
investimentos, muitos dos quais motivados por interesses diversos
(científicos, econômicos e ,por que não, políticos)…Sobre os números: muito preocupantes, mas, antes de tudo,
vergonhosos.
PP tem 7 suspeitas de morte por dengue, diz Cremesp
ZIKA VÍRUS – BRASIL (13), NOTIFICAÇÃO COMPULSORIA DE CASOS SUSPEITOS

Acesse a página oficial do Ministério da Saúde
Notícia extraida do PromedMail. Aproveito para transcrever o comentário do seu moderador, Dr. Rodrigo Bauru Angerami, sobre este post
[A notificação compulsória individual de casos suspeitos de Zika é
o primeiro passo para se inciar um processo de melhor compreensão
acerca do vírus e suas transmissão, disseminação, incidência,
frequência de complicações…Assim como vimos sempre mencionando, numeradores e denominadores
minimamente confiáveis são necessários tanto para estimar o risco
real de ocorrência da microcefalia e possíveis complicações
associadas à infecção pelo vírus Zika quanto para compreender
todos os componentes clínicos e epidemiológicos relacionados à
introdução desse novo arbovírus e as implicações da
co-circulação com dengue e chikungunya.Entretanto, desafios ainda maiores ainda estão por serem resolvidos.
Um deles é integrar a vigilância do vírus Zika às vigilâncias já
vigentes para dengue e chikungunya. Feito isso, será um grande
avanço. Essa discussão, incluindo-se a definição do instrumento de
notificação a ser utilizado e do sistema de informação a ser
empregado, já vêm ocorrendo. Outro desafio, ainda maior, será
ampliar a capacidade (qualitativa e quantitativa) da e como se dará a
investigação laboratorial de casos com quadro clinico de “dengue
like”.– Mod. RNA]

