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No primeiro trimestre de 2022, número de casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti subiu 85% em relação ao ano passado. Entenda os fatores que contribuem para esse cenário.
Em São Paulo, dois homens portadores do HIV – um de 24 anos e outro de 49 – conseguiram controlar espontaneamente o vírus após a interrupção do uso de medicamentos antirretrovirais. Eles integravam um grupo de cinco pessoas que receberam um tratamento experimental concebido pela equipe do virologista Ricardo Sobhie Diaz, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A variante ômicron do novo coronavírus não poupou as crianças, em especial aquelas com menos de 5 anos, que não podem ser vacinadas. A pesquisadora Kristin Marks, do serviço de inteligência de epidemias dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, analisou os dados de 2.562 internações de pacientes com idade inferior a 5 anos ocorridas entre 1º de março de 2020 e 31 de janeiro de 2022 em 14 estados norte-americanos.
Compartilho esse texto, muito sensato por sinal. Vale a reflexão quando estamos discutindo o abandono das máscaras em ambientes fechados.
Não deixe de ler! Esta leitura vai ajudar você a decidir sobre quando usar as máscaras, como planejar seu 2022 com o menor risco possível!
Texto do Filipe Veiga, pediatra (RJ).
“A pandemia acabou? Estamos prontos para voltar a viver como 2019?
Após 2 anos muita coisa mudou, nós mudamos. Querendo ou não.
Nesse período…. A ciência foi capaz de impedir milhares de hospitalizações e mortes com a maior campanha vacinal da nossa história. Em pouco mais de 1 ano mais de 10 bilhões de doses foram aplicadas.
A população passou por uma prova de fogo, muitas vidas perdidas, familiares e amigos que se foram precocemente. O lockdodown e as mudanças radicais na forma de viver afloraram sentimentos.
Empatia, compaixão, resiliência e dor. Muitos entraram em depressão e ansiedade, outros negaram o momento.
A ciência comprovou que a transmissão do vírus acontecia por gotículas e aerosol. Indicou o uso de máscaras para população. Provavelmente se tornou a maior medida não farmacológica da nossa história.
A população se beneficiou do uso das máscaras também na redução de inúmeras doenças respiratórias. Em alguns países com redução de 90% dos casos de influenza. Nos EUA pré pandemia morriam todos os anos mais de 50 mil pessoas com influenza, sendo considerado “normal”.
A expectativa com a volta do comportamento de 2019 que as mortes por COVID-19 ficarão em 100-150 mil por ano.
A ciência com o conhecimento adquirido olha para esses “números” e não aceita isso como “normal”.
Hoje podemos utilizar medidas aprendidas e reduzir o número de hospitalizações e mortes por qualquer vírus. Principalmente em períodos do ano com intensa circulação viral.
Usar máscaras quando estiver doente ou visitar alguém que está com a saúde debilitada deverá ser sempre feito.
Não é copiar a cultura oriental. Isso é reconhecer que podemos adoecer menos e transmitir menos.
A população precisa entender que 2019 deve ficar para trás.
Viver o presente e planejar o futuro sem valorizar tudo que passamos não é aceitável em 2022.
Procure viver e se divertir em ambientes abertos e ventilados. Faça todas as vacinas disponíveis. Se ficar doente se cuide e proteja o próximo. Tenha sempre uma máscara disponível para usar.
Especialista em coronavírus, o virologista Paulo Brandão explica como se comporta a evolução neste grupo, e por que a ômicron ainda não deve ser a última variante a enfrentarmos nesta pandemia
Especialistas fazem apelo por medidas urgentes diante do número de mortos — que é pior nos países mais pobres e entre crianças com menos de cinco anos.